segunda-feira, 15 de abril de 2013

Bisa

Por todas as vezes que eu disse com orgulho para Deus e o mundo que eu ainda tinha bisavó.
Por todas as vezes que eu me admirei com a sua inteligência e lucidez.
Por todas as vezes em que eu desejei ser metade do que você foi quando tivesse a sua idade.
Por todas as vezes que eu te vi, sempre do seu jeitinho que eu achava tão fofo.
É... o tempo passa e as pessoas se vão...
Seria egoísmo querer mais um dia só para poder te dar um beijo de tchau?
Acho que sim... Pensei melhor e resolvi te recompensar de outra forma:
Pensarei sempre em você nos meus aniversários, quando lembrar que TODOS os anos, sem falta, você me ligava para dar parabéns.
Vou me esforçar ao máximo para colher histórias de vida tão interessantes quanto as suas para um dia contar aos meus bisnetos, como você fazia.
E pode deixar, bisa, vou ser a Ilze Scamparini que você me falava sempre que eu ia ser. E um dia quando eu chegar lá, vou me lembrar de você.
Lembrarei também da sua carne de panela, das festas de natal que você sempre estava presente e de tudo o que você foi... Com o tempo o choro se vai e as boas lembranças ficam. Que assim seja.
Amanheceu, anjo, está na hora de voar.
 

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