sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Novidade: De mala e cuia - O guia de viagens da Penseira



Oi!
Assim como uma fênix, a Penseira está ressurgindo das cinzas! \o/
O blog estava parado há tempos, então resolvi coloca-lo na ativa de novo. E, para comemorar em grande estilo, uma novidade está dando as caras por aqui: "De mala e cuia", a nova tag da penseira!
Não entendeu? Explico. Entendeu? Explico mesmo assim. 
Viajar é uma das coisas mais gostosas que existe. É o que eu mais gosto de fazer na vida, desde arrumar as malas até estar no local, descobrir coisas novas e ganhar experiência de vida.
Conheço alguns lugares por ai e vivo falando para as pessoas sobre eles, então resolvi criar este espaço onde posso contar sobre as viagens, dar dicas de passeio, onde ficar, o que comer, etc.
Quase todos estes lugares são dentro do Brasil, o que é legal para quem não pode e não que fazer uma viagem para fora do país aproveitar o que conhecer lugares novos tem a oferecer.
E, para começar bem, o primeiro post do guia é sobre a Caverna do Diabo. Um lugar lindo para quem não quer gastar muito e curtir uma verdadeira obra de arte da natureza. Aguarde!


                           
                                     Fonte imagem: http://blogdelucena.blogspot.com.br/2012/04/de-mala-e-cuia.html 

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Bisa

Por todas as vezes que eu disse com orgulho para Deus e o mundo que eu ainda tinha bisavó.
Por todas as vezes que eu me admirei com a sua inteligência e lucidez.
Por todas as vezes em que eu desejei ser metade do que você foi quando tivesse a sua idade.
Por todas as vezes que eu te vi, sempre do seu jeitinho que eu achava tão fofo.
É... o tempo passa e as pessoas se vão...
Seria egoísmo querer mais um dia só para poder te dar um beijo de tchau?
Acho que sim... Pensei melhor e resolvi te recompensar de outra forma:
Pensarei sempre em você nos meus aniversários, quando lembrar que TODOS os anos, sem falta, você me ligava para dar parabéns.
Vou me esforçar ao máximo para colher histórias de vida tão interessantes quanto as suas para um dia contar aos meus bisnetos, como você fazia.
E pode deixar, bisa, vou ser a Ilze Scamparini que você me falava sempre que eu ia ser. E um dia quando eu chegar lá, vou me lembrar de você.
Lembrarei também da sua carne de panela, das festas de natal que você sempre estava presente e de tudo o que você foi... Com o tempo o choro se vai e as boas lembranças ficam. Que assim seja.
Amanheceu, anjo, está na hora de voar.
 

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Felizes para sempre



Não queria considerar aquilo uma rotina. Eu saia todas as manhãs e deixava a bagunça para trás. Passava o dia todo fora de casa e quando chegava do trabalho só o pó, encontrava tudo de pernas para o ar e cheirando a cigarro.
Aquilo me irritava, mas eu já deveria saber, afinal, fui eu quem decidiu largar tudo e ir morar com o namorado. Ele é artesão e fuma desde os 14 anos. Era óbvio que ia passar o dia todo em casa, fazendo as únicas coisas que lhe acalmavam. Não ia ser diferente na sua própria casa.Não era direito meu tirar isso dele.
A convivência é uma das chaves mais difíceis de se conseguir na vida. Desejar é uma coisa, viver é outra. É o mesmo esquema da teoria e da prática. Uma grande aventura.
Em meu felizes para sempre, eu nunca imaginei o cheiro de cigarro, a bagunça, as contas para pagar e a louça suja na pia. Era bem diferente do sonho e logo acabou se transformando em um pesadelo alimentado por brigas, ressentimentos e um frio claramente existente entre nós dois. Aquilo era a realidade.
A promessa que havia feito para mim mesma de agüentar os defeitos e tentar amenizar minhas manias também estava cada vez mais esquecida.  
Um dia cheguei cansada do trabalho, joguei minha mochila no sofá cama e encontrei-o sentado pintando uma tela. A casa novamente cheirando a cigarro, um prato sujo ao lado e um copo de cerveja pela metade. Eu irritada, achei que aquilo enfim havia se transformado em uma rotina que eu simplesmente odiava.
Brigamos feio.
No meio da noite eu despertei com os olhos pesados de lágrimas. Ele estava ao meu lado dormindo daquele jeitinho de sempre, encolhido e abraçando o travesseiro.
Eu sentia raiva, mas a sua respiração tranquila e o cabelo bagunçado, me fizeram imediatamente colocar minha mão em seu rosto quente e passar a acariciá-lo como sempre fiz.
E, com os movimentos de vai e vem que me fizeram sentir a sua pele macia no dorso de minhas mãos, a raiva passou e me fez lembrar o porquê de eu ter me apaixonado há quatro anos atrás.
Tudo nele me encantava. Até o cheiro do cigarro era como uma marca que me lembraria para sempre do homem da minha vida. A bagunça trazia a sua presença para sempre ao meu lado me lembrando da razão pela qual eu vivia e queria realizar todos os meus sonhos.
Aquela sim era a minha rotina. Sem nada do que me trazia irritação, a minha realidade não estava completa. Aquilo era meu conceito de felicidade, aquilo era EU.
E quanto ao felizes para sempre? Eu acho a palavra sempre muito pesada. Parece uma regra que você é obrigado a seguir. Prefiro construir a minha própria: vivendo um dia de cada vez e como se fosse o último, dando valor a uma pequena carícia ou mesmo a um prato sujo no chão, você acaba por transformar aquilo em um sempre, e assim construindo a felicidade e considerando a eternidade hoje, aqui e agora.  
Isso é realidade. É ser feliz para sempre. É amor, é vida.   



quarta-feira, 4 de julho de 2012

A bomba relógio

É como uma bola presa no meio da garganta. Não dá pra respirar. Ar não desce, ar não sobe.
É como uma mordaça invisível que impede de falar, expor opinião, sem respeitado pelo que pensa.
É a falta de coragem de arriscar o novo, de ser aquilo que se quer ser e não o que os outros decidem.
É a obrigação invisível de seguir trejeitos, regras e atitudes da sociedade sem concordar com nada disso.
É uma situação que cresce cada vez mais, engorda, toma proporções que não pode se controlar.
É algo que, a medida que o tempo passa, não para de crescer.
É sentir-se desesperado por não poder fazer tudo o que se quer fazer.
É fechar os olhos para tudo o que se considera errado, e fingir que acredita.
É sentir-se perdido, sem saber o que fazer. Ponto preto na areia do deserto.
É gritar a plenos pulmões sem que ninguém escute.
É fingir-se de cego quando se consegue ver.
É sustentar uma situação por medo da reação dos outros quando não se aguenta mais.
É manter um sorriso por fora quando as palavras começam a faltar.
É observar coisas maravilhosas acontecendo e nem isso bastar.
É saber que é ridículo sentir-se assim, injusto, mas não saber como lidar.
É sentir receio e não saber como nem quando esta bomba relógio vai estourar.


sexta-feira, 22 de junho de 2012

Sétima arte - Top 5: Johnny Depp

E a tag "Sétima arte" voltou! Adoro esta parte do blog!
E, para comemorar a volta em grande estilo, vamos levar em consideração o filme que estreia hoje (sexta feira, 22/07/2012), "Sombras da noite" com o genial ator Johnny Depp e fazer um Top 5 dedicado ao seu trabalho.
Tarefa quase impossível escolher SÓ cinco filmes dele, mas não poderia me estender muito, né? Foi difícil, mas vamos lá:
O ATOR
John Christopher Depp II nasceu na cidade de Owensboro no estado de Kentucky, Estados Unidos no dia 9 de junho de 1963.
Foi graças a seu primeiro casamento, com a maquiadora Lori Anne Allison que Depp foi apresentado ao mundo do cinema através do também ator, Nicolas Cage. Devido a ajuda de Cage ele conseguiu seu primeiro papel, no filme "A hora do pesadelo".
a partir dai, vieram outros trabalhos que o consagraram como um ator de verdade e não somente como um rosto bonito.
Em 1990, Johnny conheceu o excêntrico diretor Tim Burton, firmando uma amizade e parceria de trabalho que já dura anos.
Seu primeiro trabalho como diretor foi com o filme "O Bravo" em 1997.
Foi com o trabalho na franquia "Piratas do Caribe" como o capitão Jack Sparrow, que Depp caiu nas graças do público e de Hollywood, recebendo sua primeira indicação ao Oscar em 2004.
Johnny é conhecido pelas suas idas e vindas na vida pessoal e amorosa mas isso não tira seu talento como ator.

TOP 5


A JANELA SECRETA (SECRET WINDOW) - 2004
A Janela Secreta é um filme de suspense baseado em um livro de ninguém menos que Stephen King.
Mort Rainey (Johnny Depp) é um bem sucedido autor de livros comerciais que está passando por uma crise pessoal: ele acabou de ser traído por sua esposa e consequentemente sofreu uma separação muito dolorosa, o que causou um bloqueio criativo e uma vontade de não fazer nada.
Tomado por este sentimento, Rainey muda-se para uma sombria cabana na beira de um lago e lá não faz nada senão dormir e amargar a separação.
Se tudo estava ruim, poderia piorar: Certo dia Mort é acusado de ter plagiado o livro do estranho psicótico John Shooter. E, apesar dos esforços de Rainey para conte-lo, John decide se vingar utilizando métodos radicais como assassinato a sangue frio.
Diante desta situação, Rainey acaba envolvido em um jogo mental de gato e rato e descobre ter mais determinação do que jamais imaginou.
O que ele não poderia sequer imaginar é que Shooter parece o conhecer melhor do que ele próprio.
É um filme com desenrolar fantástico e um final mais fantático ainda. Vale a pena.
Com Johnny Depp e John Turturro. Direção de David Koepp. 

A NOIVA CADÁVER (CORPSE BRIDE) - 2005
Teria que ter uma animação no nosso Top 5, né? Esta em particular eu amo e é resultado de uma das parcerias de Johnny Depp com o diretor Tim Burton.
É um trabalho todo em stop - motion (Para quem não sabe, Stop - Motion é uma técnica de fotografia que "monta" o filme, quadro por quadro, ou seja, foto por foto) baseado em um conto russo-judáico do século XIX  que se passa na era vitoriana, na Inglaterra.
O trabalho de Depp neste filme é de dublador da personagem principal Victor Van Dort, um rapaz que está "condenado" a casar com uma moça que ele não conhece para "salvar" sua família de ficar pobre.
Nervoso, com medo de fracassar, na véspera do casamento, Victor vai até a floresta e começa a ensaiar os votos do casamento, colocando uma aliança em um galho de árvore. O que ele não poderia imaginar é que aquele galho era a "mão" de uma adorável noiva, chamada Emily (dublada por Helena Bonham Carter, esposa de Tim Burton) que está morta. Assim, Victor acaba conhecendo o mundo dos mortos. Muito mais divertido do que onde ele mora.
Com as vozes de Johnny Deep e Helena Bonham Carter. Direção de Tim Burton.


SWEENEY TODD: O BARBEIRO DEMONÍACO DA RUA FLEET (SWEENEY TODD: THE DEMON BARBER OF FLEET STREET) - 2007
Este filme é mais um resultado da parceria Depp - Burton. É um fantástico filme do gênero musical - suspense baseado em uma produção teatral da broadway.
Benjamin Barker (Johnny Depp) é um barbeiro que foi obrigado a deixar a esposa e a filha para trás. Após quinze anos ele volta à Inglaterra ávido por vingança. Ele volta a sua antiga barbearia que acabou sendo transformada em uma loja de tortas incomuns preparas pela Mr.Lovett (Helena Bonham Carte - olha ela aí de novo!).
Decidido a se vingar do juiz Turpin (Alan Rickman) que causou a separação entre ele e a família sob uma falsa acusação, barker, agora com o nome de Sweeney Todd, passa a trabalhar novamente na barbearia deixando seus clientes de um jeito uhn... digamos, diferente.
As músicas são fantásticas e deixam o filme com um clima diferente e fantástico, marcado pela excentricidade de Depp, Burton e Carter.
Com Johnny Depp e Alan Rickman. Direção de Tim Burton.



O TURISTA (THE TOURIST) - 2010
Este é fantástico. Constumo dizer que este é um filme com o final COMO ASSIM?.
Elise Clifton-Ward (Angelina Jolie) é acompanhada de perto pela equipe chefiada pelo inspetor John Acheson (Paul Bettany) pois ela viveu por um ano com Alexander Pearce, procurado pela polícia devido a sonegação de impostos em torno de 700 milhões de libras. O rosto de Pearce é desconhecido por todos e até por Elise, já que ele passou por diversas plásticas para escapar de perseguidores. Ele enfim entra em contato com Elise ao lhe enviar um bilhete, onde pede que vá encontrá-lo em Veneza e, no caminho, procure alguém com tipo físico parecido com o seu, para enganar a polícia.
Obedecendo Alexander, Elise vai a Veneza e conhece o professor Frank Tupelo (Johnny Depp) no trem à caminho da cidade italiana. Inpressionado com a beleza de Elise, Frank aceita a oferta de acompanha-la ao hotel. Só que logo Frank se torna alvo de Reginald Shaw (Steven Berkoff), um poderoso gângster que teve mais de US$ 2,5 bilhões roubados por Pearce. A partir dai, começa um emocionante jogo de gato e rato com um final surpreendente.
Apesar da fórmula americana manjada de colocar dois atores atraentes como protagonistas para chamar a atenção do público, vale a pena assistir.
Com Johnny Depp e Angelina Jolie. Direção de Florian Henckel Von Donnersmarck.



PIRATAS DO CARIBE - início: 2003
Esse não teve como escolher um só da franquia, iniciada em 2003 e que começou a ser dirigida pelo diretor de "O Chamado", aquele filme famoso da menina que sai da televisão e sua fita de vídeo.
Jack Sparrow ganhou um "estilo" todo diferenciado graças ao trabalho de Depp. Não é possível olhar para ele e não rir do seu jeito de andar, falar e tomar atitudes.
O tema "Pirataria" não era bem visto pela crítica antes da estreia do filme, mas a história acabou envolvendo os críticos e também o público, rendendo quatro filmes: A maldição do Pérola Negra, O baú da morte, No fim do mundo e Navegando em águas misteriosas.
A história é complexa devido a quantidade de fatos, mas, resumindo, são as aventuras do pirata Jack Sparrow, Will Turner (Orlando Bloom) e Elizabeth Swan (Keira Knighley) que envolvem não só confusões "pessoais", misturando até mesmo pessoas poderosas do governo do Caribe. O mais legal é que ao desenrolar da história há a entrada de personagens basesadas em fatos reais como o navio Holandês Voador e o pirata barba Negra.
Vale ressaltar os cenários maravilhosos do Caribe, a produção e maquiagem fantásticas e a trilha sonora, feita pelo genial Hans Zimmer, velho conhecido da música na sétima arte.
A interpretação de Depp não é o principal fator, mas não há como negar que grande parte do sucesso do filme vem da irreverente formulação que ele deu à personagem rendendo vários prêmios a franquia.
Com Johnny Depp e Orlando Bloom. Saga desenvolvida pelos roteiristas Ted Elliot e Terry Rossio.
 PS: Esta saga merece um post de "Sétima Arte" exclusivo não acha?
Importante ressaltar que os filmes estão selecionados por ordem de estreia e não por preferência minha.
Acho que o Johnny Depp vale mais uma edição do Top 5, rs... 
Esta foi o Top 5 de hoje. Gostou? Deixa um comentário, dúvida, crítica, sugestão. Você escolhe!

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Anjo ou ilusão?

                                              
Eu acordei aquela manhã com um estranho bom humor. Fazia tempo que eu não levantava da cama sorrindo. Talvez tivesse sido aquele sonho com o rapaz de voz doce que eu tive. Tão gostoso,
reconfortante...
Era uma pena que sorriso sumiu tão rápido do meu rosto quando olhei minha lista de tarefas do dia. A primeira coisa que fiz foi olhar a data: 20 de maio. Fazia exatamente um ano que eu havia me mudado para o Brasil.Mas precisamente de Londres para o Rio de janeiro.
Podia parecer uma aventura alucinante mudar para um país tão diferente do meu e começar uma vida nova. Mas, para mim, isso trazia um medo sem tamanho. Eu não queria deixar minha amada cidade para trás. Eu detestava calor e não sabia uma palavra de português. Estava totalmente fora da minha zona de conforto. Mas, infelizmente, eu, com meus dezenove anos, ainda não havia construído nada na vida. Não tinha condições de ficar na Inglaterra. Tive que vir para o Rio junto com os meus pais e aceitar esta mudança que acabava comigo aos poucos. E o pior é que só eu sabia disso. Ninguém parecia acreditar e levar a sério o que eu sentia.
Então aquele vinte de maio eu resolvi que seria diferente. Não adiantava ficar chorando em casa. As lágrimas que eu derramaria não me trariam o Big Ben ou a rainha Elisabeth de volta. Eu teria que fazer algo diferente para esquecer aquele aniversário amargo. Pensei muito e decidi esquecer o meu medo e realizar um desejo guardado desde a primeira semana no Brasil: pular de parapente. E não queria nenhum instrutor perto de mim. Eu iria sozinha. Se me acontecesse algo, tudo bem. Eu não me importava.
E, desta vez, o destino parecia finalmente estar do meu lado, pois, o antigo morador da minha casa havia deixado um equipamento no sotão. E era aquele que iria usar. A adrenalina subia como fogo pelo meu corpo.
Arrastei o equipamento até o carro e coloquei no bagageiro. Peguei a chave escondida do meu pai e as aulas de direção vieram todas na minha mente como em um filme, afinal eu havia acabado de aprender a dirigir. Mas, novamente, eu não estava ligando.
Dirigi em direção a São Conrado o mais rápido que minha ansiedade permitiu. Pareceu uma eternidade, mas eu cheguei, estacionei o carro, fechei os olhos e comecei a pensar na loucura que estava prestes a cometer.
Meus olhos fechados começaram a perceber uma explosão de cores em minha mente. Era muito estranho. Preto, azul,  verde, passando tudo muito rápido como se eu estivesse correndo. De repente tons de cinza se aproximando,  preto novamente e dor. Muita dor. Depois, aos poucos, o preto indo embora e dando espaço a um jogo de luzes vermelhas e muito barulho. E do nada, as luzes vermelhas foram tapadas pela visão de asas ligadas a um corpo humano. E eu abri os olhos.
Estava dentro do carro. E tinha dormido.
"Que droga", pensei. "Estou perdendo tempo e daqui a pouco alguém virá me procurar."
Pulei para fora do carro rapidamente, peguei o equipamento, esqueci o sonho (ou será delírio?) que tinha acabado de ter e comecei a me preparar.
Aqueles vídeos na internet sobre voos de parapente ajudaram muito a montar tudo rapidamente. E, cerca de 40 minutos depois, lá estava eu, pronta para pular de mais de quinhentos metros de altura.
O Rio de Janeiro parecia muito mais bonito e atraente lá de cima, Os braços do Cristo pareciam abraçar a minha loucura.  Não pensei duas vezes. Corri em direção ao abismo e... pulei.
Ah, que delícia o vento batendo no meu rosto. A adrenalina aumentando. O parapente aberto acima de mim ofuscando o céu, dando-me cobertura para aproveitar e ver o medo e a tristeza indo embora. Simplismente maravilhoso. A cidade, acabando de acordar, passando lá embaixo, parecendo formigas. Meu medo estava do tamanho delas e a coragem, maior que o Cristo.
O céu azul, passando muito rápido por mim, pareceu-me familiar. Quando passei próximo a vegetação do morro, borrões de verde começaram a invadir meus olhos e a familiaridade aumentou. Verde, verde, verde, depois cinza, se aproximando demais de mim. Algo começou a dar errado. Perto de mais, perto de maaaaaaaaaaaaaaaaiiiiiiiiiiiiiissssssss. Dor. Preto.

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   Abri os olhos sem saber o que estava acontecendo. Luzes vermelhas piscavam perto de mim, o que me    incomodou muito. O barulho que elas faziam, pareciam com uma....sirene. Mas o que poderia ser aquilo?
E ai senti uma dor incrivelmente forte que não sabia de onde havia vindo. Meus olhos estavam embaçados mas eu consegui perceber que havia muita gente em volta de mim e um cheiro de brisa do mar, areia, misturados com o aroma salgado de sangue.
Das poucas partes que conseguia sentir de meu corpo, consegui identificar meu braço, e, mesmo explodindo de dor, tateei o chão e senti a areia. Ao lado, o parapente. Ou o que restou dele.
Ainda zonza, tentei levantar a mão e algo me impediu.
Tentei focar meus olhos e percebi que uma figura humana é que havia feito aquilo. Senti uma mão encostada em meu ombro e uma voz doce e suave dizendo.
- Você está bem? Qual é o seu nome?
E ai, meus olhos começaram a fechar de novo, mas antes do preto total, vi algo parecido com as asas de um anjo...
Sonho ou realidade? Anjo ou homem?
(E AI, LEITOR(A), CONTINUA?)
                                         


                                                 




terça-feira, 10 de abril de 2012

SÉTIMA ARTE - Top 5: Luz, câmera, ação e muitas lambidas!

Inauguro hoje uma das minhas partes favoritas do "novo" blog, a tag "Sétima arte" que contará um pouco sobre o maravilhoso mundo do cinema.
E, para começar bem, vamos estrear o top 5 com um tema que cheira a fidelidade e muitas lambidas: a relação entre o homem e os cachorros!
Quem me conhece sabe que eu quase não amo animais, rs. Por isso resolvi trazer alguns filmes que mostram essa relação maravilhosa e milenar. Vamos lá:

1) Lassie e a força do coração (1943) - Lassie Come home
O mais antigo da lista e talvez aquele clássico de seção da tarde que todo mundo já assistiu. Clichê ou não, esse filme é lindo e mostra como a lealdade de um cachorro pode vencer distâncias.
Sinopse: A cadela Lassie é vendida por seus donos que estão passando por graves problemas financeiros. Mas a amizade e a lealdade com eles é mais forte que a distância, e Lassie viaja mais de mil milhas para voltar à verdadeira família.
Mais de sessenta e cinco anos passaram e Lassie continua na memoria de muita gente. Não há como esquecer do Collie mais famoso do mundo e de todo seu amor.
Com Elizabeth Taylor e Roddy Mcdowall. 
Estados Unidos, 1943, 89 minutos, livre. 
Cartaz original:
                 Fonte: http://www.americanas.com.br/produto/338998/dvd-lassie-e-a-forca-do-coracao

2) Beethoven, o magnífico (1992) - Beethoven
Outro adorável clássico de seção da tarde. Como não lembrar das confusões (ou cãofusões, rs) que esse "pequeno" cachorro causava? Cômico pensar que uma família com um pai que não queria nem um minipoodle, foi arranjar logo um São Bernardo!
O mais legal é ver que tudo o que ele aprontava não passava de traquinagem inocente, de coisa de cachorro mesmo, sem maldade. 
Impossível não deixar de lembrar também das continuações (eu, pessoalmente, gosto só da dois) onde aparecem mais situações divertidas, sua namorada e seus filhotinhos (ownnnnnnnn).
Sinopse: Beethoven é um cachorro da raça São Bernardo adotado escondido pelas crianças da família Newton. No começo, os três filhos cuidam do filhote sem contar ao pai, que não queria nenhum cachorro em casa, mas, aos poucos, o segredinho cresce demais para caber embaixo da cama. O pai primeiro reluta e depois acaba aceitando o bichinho, sem saber as enormes confusões que ele traria à família. 
Com Charles Grodin e Bonnie Hunt.
Estados Unidos, 1992, 87 minutos, livre.
Cartaz original:
                             Fonte:http://www.clubcine.com.br/filme/beethoven--o-magnifico/12292 

3) Spot, Um cão da pesada (2001) - See Spot run
Adoro esse. É uma comédia daquelas bem simples mas muito divertida, onde podemos dar boas risadas e ainda descobrir a situação contraria: Como o amor de um dono pode mudar um cachorro.
Sinopse: Spot é um cachorro do FBI que foi treinado a vida toda para somente servir, sem diversão e uma vida de cachorro "de verdade". Depois de fugir de um programa de proteção à testemunha, ele vai parar nas mãos de um garotinho que está sendo cuidado pelo carteiro Gordon Smith, que, por sua vez, sempre se orgulhou por nunca ter sido pego por um cachorro durante o trabalho. Ironia ou não, Spot vai parar na casa de Gordon, que quer agradar o garotinho com a intenção de chamar a atenção da a mãe dele, por quem é apaixonado. A partir dai, várias situações divertidas ocorrem e o carinho com que Spot é tratado pelo garoto transforma-o de um cachorro carancudo em um bichinho de estimação de verdade.
Com  David Arquette e Michael Clarke Duncan
Estados Unidos, 2001, 94 minutos, livre.
                                       Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-35126/
4) Marley & Eu, 2008 - Marley and Me
Quem leu o livro de John Grogan sabe do que eu estou falando. Este é um filme/livro maravilhoso que arranca risadas e lágrimas (e bota lágrimas nisso) ao mesmo tempo. A história verídica vivida pelo próprio autor, mostra que o amor não é sempre bonitinho e direito. Ele pode vir de um labrador trambolhão de 45 quilos e ainda te ensinar o verdadeiro sentido da vida.
Sinopse: John casou-se recentemente com Jennifer e os dois se mudam para West Palm Beach na Flórida, prontos para iniciar uma nova vida. Preocupados com a capacidade de ambos de serem pais, o casal decide comprar um filhote de Labrador, que logo se transforma em um terremoto em forma de bicho de estimação, que ao mesmo tempo que destroe a casa, constroe uma família unida pelo amor verdadeiro.
Quem já teve um cachorro que não está mais por aqui sabe bem o quanto este filme emociona.
Curiosidade: Para o papel de Marley, foram utilizados 22 cachorros! Imagina ter 22 Marleys dentro de casa? Não sobra nada, né?
Com Owen Wilson e Jennifer Anniston.
Estados Unidos, 2008, 120 minutos, 10 minutos
Cartaz:
                                       Fonte: http://www.cubodown.com/marley-e-eu-pedido

5) Sempre ao seu lado, 2009, Hachiko: A Dog's story
Outro emocionante fato verídico. Quem conhece a história sabe que é impossível não chorar com este maravilhoso exemplo de lealdade entre homem e cão. 
Sinopse: Mesmo sabendo que sua esposa era contra animais, Parker Wilson leva para casa um filhote de Akita que encontra na estação de trem. E, com muita insistencia, consegue adotar o bichinho, que já vem com o nome Hachi escrito em japonês em sua coleira. Leal, o akita cresce e todos os dias acompanha o dono até a estação de trem, esperando seu retorno no mesmo lugar. Esta situação se repete por vários anos, até que um fato inesperado acontece e muda para sempre sua vida. 
Sempre ao seu lado é uma refilmagem de Hachiko Monogatari, que conta a história real do cachorro, situada no Japão.
Com Richard Gere e Joan Allen
Estados Unidos, 2009, 93 minutos, Livre.
                                 Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Hachiko:_A_Dog%27s_Story

Esse foi o top 5, classificado por ano de estreia e não por preferência. 
Se gostou deixe um comentário, com sugestões, críticas ou elogios! Isso ajuda a ter mais posts como esse no blog!
Um beijos para os outros cinelovers do mundo!